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Ca’ del Baio


16/08/2024


Barbaresco é uma das joias do vinho Italiano. Embora não tão conhecido como o vizinho Barolo, dá origem a vinhos elegantes e refinados, trazendo uma expressão única da Nebbiolo. Dentro desta fascinante região, vale a pena conhecer a Ca’ del Baio. É uma vinícola tradicional com longa história e linha diversificada de vinhos, permitindo conhecer diversas faces de Barbaresco.

Criada em 1870 pela família Grasso, chega agora à sua quinta geração como viticultores e quarta na produção de vinhos. Até os anos 1980 era conhecida como Ernesto Grasso, porém, por conta da popularidade deste sobrenome no Piemonte (há várias vinícolas com o nome Grasso), Giulio Grasso decidiu mudar o nome. Nascia a Ca’ del Baio, que pode ser traduzida como “Casa do Cavalo”, uma homenagem à paixão por cavalos do pai de Giulio.


Vinhedos e variedades


A Ca’ del Baio possui cerca de 28 hectares de vinhedos e a Nebbiolo responde por cerca de 70% desta área, com 10 hectares dedicados para a elaboração de Langhe Nebbiolo e 10 hectares para os Barbarescos. Destes últimos, chamam a atenção uma parcela de 2,5 hectares em Asili, um dos mais icônicos vinhedos da região e a quase totalidade de Vallegrande, situado próximo a vinícola. A Ca’ del Baio conta também com parcelas nos Crus de Pora, Marcarini, Montersino, Ferrere e Trestelle.

Três outras uvas tradicionais do Piemonte têm presença: um hectare e meio de Barbera, um hectare de Dolcetto e dois hectares de Moscatel Branco. Completam a área de vinhedos duas variedades brancas: Chardonnay e Riesling. Os Grasso ficam entre os pioneiros no cultivo da tradicional variedade da Borgonha, hoje com 3 hectares. A partir de 2008 decidiram também plantar a alemã Riesling, com 1,5 hectare. Os vinhedos têm cultivo sustentável, com ênfase no uso de enxofre e cobre, em linha com os conceitos da agricultura orgânica.


Vinificação e produção


Com uma linha ampla de vinhos, a Ca’ del Baio trabalha com baixa intervenção. Após maceração a frio, as fermentações, com exceção dos Barbaresco Riserva, ocorrem em tanques de aço inoxidável, com controle de temperatura. Dependendo do vinho, o envelhecimento é em tanques de inox, botti ou barricas. Em termos estilísticos, a Ca’ del Baio se define como uma vinícola que busca elaborar vinhos com “mineralidade, tensão, energia, notas umami, senso de identidade e fácil digestibilidade”.

No total, são cerca de 150 mil garrafas produzidas ao ano, o que a coloca como um produtor de pequeno a médio porte no Piemonte. Os Langhe Nebbiolo, com um média de 50 mil garrafas ao ano, respondem por cerca de um terço da produção. A seguir, vêm os Barbarescos, com aproximadamente 45 mil garrafas/ano. Chama a atenção a produção anual de Chardonnay, com cerca de 15 mil garrafas.


Vinhos brancos


O Luna d’Agosto abre a linha de Chardonnay, um vinho mais leve e vertical, elaborado 100% em tanques de inox, de colheita mais precoce e vinhas jovens. Já o Sermine, que tem origem em vinhas mais velhas, faz estágio de sete meses em barricas de carvalho, com o restante em inox. Por fim, o Valentìne, resulta da experiência em 2013 de Valentina Grasso em Meursault. É um vinho mais complexo e de maior untuosidade, nas linhas dos Chardonnays da Borgonha.

O Riesling Fré é um vinho bem seco e com muita verticalidade. Por fim, o Moscato d’Asti, com cerca de 13.000 garrafas ao ano, é um vinho doce e frizante, bem na linha desta tradição do Piemonte.


Dolcetto, Barbera e Langhe Nebbiolo


O Dolcetto d’Alba Lodoli tem vinificação em inox e busca trazer a expressão fresca e frutada desta variedade típica da região. Já o Barbera d’Alba Paolina tem origem em diversos vinhedos, porém com alta proporção de vinhas velhas, com mais complexidade e capacidade de guarda. Na linha de maior frescor, vem o Langhe Nebbiolo Red Label, elaborado somente em inox.

Já o Langhe Nebbiolo Bricdelbaio, com origem em dois vinhedos de características distintas, tem uma proposta diferente. Com maceração de 10 a 12 dias e passagem de 10 meses em botti, surge como um Little Barbaresco, com grande potencial de guarda.


Barbaresco Classico


A linha de Barbarescos começa com o Autinbej, com origem em três vinhedos diferentes. Enquanto as uvas de Marcarini trazem mais corpo e estrutura, aquelas de Ferrere e Montercino, contribuem com elegância e frescor. Na vinificação, uvas 100% desengaçadas e maceração/fermentação de 20-25 dias em tanques de inox.

Todas as parcelas são co-fermentadas e o vinho, com produção de cerca de 24.000 garrafas ao ano, passa 24 meses em botti de carvalho da Eslavônia, França e Áustria. Este Barbaresco Classico é um excelente cartão de entrada para esta importante parte do portfólio da Ca’ del Baio.


Barbarescos de Crus


Considerado pela vinícola como seu vinho mais representativo, o Barbaresco Vallegrande tem elaboração a partir de vinhas velhas no vinhedo de mesmo nome. Na vinificação, 10% de cachos inteiros, 30 a 35 dias de maceração e estágio de dois anos em botti. Por conta das características de terroir, é um Barbaresco mais austero, com taninos presentes e menos sedosos, demorando mais para chegar em sua janela de consumo ideal.

Mais sedoso, elegante e refinado, o Barbaresco Asili tem origem neste prestigiado Cru, por muitos considerados um dos melhores de Barbaresco. Ao contrário do anterior, envelhecimento em barricas de carvalho francês. Por fim, o Barbaresco Pora é o de menor produção (apenas um barril), por conta da pequena parcela de 0,3 hectare.

Nas melhores safras, a Ca’ del Baio elabora também dois Barbaresco Riserva: Vallegrande e Asili. Ao contrário dos demais, vinificação inteiramente em carvalho. Também utilizam cerca de 10% de cachos inteiros, com passagem de pelo menos 30 meses em barris de carvalho francês e/ou botti, dependendo da safra. São vinhos mais aristocráticos, que necessitam de mais tempo de adega.



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