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Gianfranco Alessandria


16/07/2024


Gianfranco Alessandria criou a vinícola que leva seu nome em 1986, um momento crítico da história dos vinhos do Barolo. Foi a década na qual um grupo de jovens vinhateiros resolveu desafiar as regras de produção vigentes e elaborar vinhos mais de acordo com as preferências dos consumidores internacionais. Neste contexto, Gianfranco claramente adotou técnicas mais em linha com os chamados “modernistas”, em oposição aos “tradicionalistas”.

O envolvimento deste ramo da família Alessandria (existem outros produtores com o mesmo sobrenome, porém sem relação direta) com o vinho, todavia, não começou com Gianfranco. Seus pais já trabalhavam, desde a década de 1950, com videiras (dentro de uma estrutura de policultura) em uma pequena propriedade de apenas quatro hectares. Mas foi Gianfranco que focou na viticultura e buscou ampliação da área de vinhedos, também através de aquisições.


Trabalho artesanal e vinhedos


Após várias décadas no comando da vinícola, Gianfranco passou o dia a dia da administração da vinícola para suas filhas Vittoria e Marta, embora siga envolvido nas decisões mais importantes. Atualmente, são 6,5 hectares de vinhas próprias mais um hectare de vinhedos arrendados, com envolvimento total na viticultura. Cerca de 50% dos vinhedos são plantados com Nebbiolo, com 35% de Barbera e 15% de Dolcetto. Com objetivo de manter uma postura artesanal e levando em conta a dificuldade de adquirir novos vinhedos, não há planos de expansão.

O cultivo dos vinhedos nos últimos dez anos não contempla o uso de produtos químicos sintéticos, com foco em processos manuais. A Gianfranco Alessandria não buscou certificação, por conta das dificuldades resultantes da presença de outros produtores em parcelas vizinhas, que ainda não aderiram às práticas mais sustentáveis de agricultura.


Baixa intervenção na adega


Além do trabalho árduo nos vinhedos, a Gianfranco Alessandria se orgulha de suas práticas de baixa intervenção na adega. Após colheita manual e criteriosa seleção das uvas, não adiciona aditivos ou outros produtos (a não ser leve adição de sulfitos). Não há uso, também, de processos interventivos. As macerações são mais curtas que em alguns dos produtores da região e as fermentações ocorrem, com temperaturas controladas, em tanques de inox.

Usa exclusivamente leveduras indígenas em seus vinhos, porém o envelhecimento varia. Alguns vinhos passam somente por inox, porém a maioria faz estágio em barricas de carvalho francês de 225 litros. A proporção de carvalho novo e o tempo de permanência variam de acordo com cada cuvée. Nos últimos dez anos, tanto o tempo em barrica como o uso de carvalho novo caíram, refletindo a preocupação com vinhos mais frescos e verticais.


Dolcetto e Barbera


Com uma produção de cerca de 60 mil garrafas ao ano, a Gianfranco Alessandria elabora seis vinhos distintos, todos tintos, dos quais três elaborados a partir da Dolcetto e Barbera. O Dolcetto d’Alba é um vinho frutado, com bom corpo, porém taninos mais suaves. Com passagem somente por tanques de inox, é um tinto mais para o dia a dia.

São dois vinhos de Barbera. O Barbera d’Alba tem origem uso em videiras mais jovens (algumas plantadas em 2020). Assim como o Dolcetto, é um vinho mais fresco e frutado, passando também três a quatro meses em inox após a fermentação. Já Barbera d’Alba Vittoria, conta com diversas particularidades. As uvas provêm do vinhedo mais antigo de posse da família, plantado em 1928. Por conta disso e de baixos rendimentos, são uvas de alta concentração A vinificação também muda, com o vinho passando 18 meses em barricas de 225 litros, 30% das quais novas. É um Barbera mais estruturado e profundo, com maior potencial de guarda.


Langhe e Barolo


São três vinhos elaborados a partir da Nebbiolo..O Langhe Nebbiolo conta somente com videiras mais jovens (três a dez anos) e passa quatro a seis meses por barricas (somente usadas, de segundo uso) para arredondar os taninos. É um Nebbiolo mais fácil de beber, já muito agradável logo após sua safra.

O Barolo DOCG é aquele de maior produção entre os elaborados com a Nebbiolo. As uvas provêm de dois vinhedos diferentes (um com videiras de idade média de 20 anos, outro com 50 anos). Com maceração curta (cerca de 10 dias), passa 24 meses em barricas (20% novas) e botticelli de 10 hectolitros. São mais seis a oito meses em inox e oito meses em garrafas antes do lançamento, resultando em Barolo de estilo mais moderno.

Por fim, o Barolo San Giovanni é o vinho mais disputado da vinícola. São videiras velhas (cerca de 70 anos), em uma parcela única de 1,3 hectare, com rendimentos menores. Além disso, muda também o envelhecimento, com a proporção de carvalho novo subindo para 40% a 50%. Por conta disso, é um vinho mais estruturado e profundo, que demora mais para chegar à sua janela ideal de consumo (começa quatro a cinco anos depois do lançamento). Tem produção de 4 mil garrafas ao ano.


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