ENHANCED EXPERIENCE

Olá! Seja Bem-vindo!

ENHANCED EXPERIENCE

Conterno Fantino


16/07/2024


Algumas famílias têm uma estreita relação com o mundo do vinho. E um nome de família conhecido por quem aprecia um bom Barolo é Conterno. A questão, porém, é que não estamos falando de apenas uma família, de uma vinícola em particular, ou de um estilo único de vinificação. São pelo menos seis vinícolas que dividem este sobrenome.

Algumas delas têm ligação por laços sanguíneos, outras não. A Conterno Fantino surgiu em 1982, quando Lorenzo Conterno decidiu deixar sua propriedade para seu filho Diego, seu sobrinho Claudio Conterno e sua filha Alda, casada com Guido Fantino. Com a saída de Diego Conterno da sociedade em 2000, a vinícola passou ao comando de Claudio (foco nos vinhedos) e Guido (maior atenção na vinificação).


Vinhedos e agricultura


No total, são 27 hectares de vinhedos próprios, todos localizados em Monforte d’Alba. As uvas autóctones do Piemonte dominam, porém há uma parcela importante (cerca de 4,5 hectares) dedicados à francesa Chardonnay. A Nebbiolo é a variedade mais cultivada, com nove hectares na área da denominação de origem Barolo (sobretudo na área do Cru Ginestra), com parcelas adicionais usadas para o Langhe Nebbiolo. A polivalente Barbera conta com 6,5 hectares, enquanto a Dolcetto tem 3,5 hectares de vinhedos.

O cultivo é orgânico desde o início da década de 1990, com certificação junto à CCPB. O cuidado com os vinhedos é uma das principais preocupações da Conterno Fantino. Este trabalho, que inclui controle de rendimento e da cobertura vegetal entre as fileiras e manejo do dossel e da vida orgânica do solo, é fundamental, nas palavras do produtor, para a qualidade de seus vinhos.


Vinificação


O estilo e técnicas de vinificação adotadas combinam o classicismo da área do Barolo com conceitos mais presentes em outras regiões. Por exemplo, há maior ênfase no uso de barricas de carvalho francês para o envelhecimento dos vinhos. Após colheita manual, os vinhos fermentam em tanques de inox, com uso de leveduras que foram selecionadas em laboratório a partir de amostras de suas parcelas próprias no Cru Mosconi.

A Conterno Fantino se define como um produtor de baixa intervenção, tanto pelo uso destas leveduras indígenas, como também pelas demais técnicas de cantina. Boa parte dos vinhos não passa por filtração ou colagem, com mínima adição de sulfitos até o engarrafamento.


Dolcetto, Barbera e Langhe Nebbiolo


O que dizer de seus vinhos? Com uma produção de cerca de 150 mil garrafas ao ano, em termos de volume concentra a produção em três vinhos: Dolcetto d’Alba, Barbera d’Alba e Langhe Nebbiolo. O Dolcetto d’Alba Bricco Bastia é um tinto sem passagem por madeira, buscando maior expressão de fruta, com consumo ideal entre dois a três anos depois da safra.

O Barbera d’Alba Vignota tem estilo clássico, para consumo rápido, mas que pode ficar seis a oito anos na adega. Tem origem em cinco parcelas vinificadas separadamente (solos e altitudes diferentes). Após fermentação em inox, os vinhos vão para barricas separadas, com blend depois da maloláctica (normalmente em dezembro) e volta para barricas.

Já o Langhe Nebbiolo Ginestrino é o cartão de entrada para a uva símbolo do Piemonte. Cerca de 50% das uvas têm origem nos Crus de posse da vinícola, a partir de videiras mais jovens ou não usadas para a produção de Barolo. Tem a vinificação similar ao Barbera, também com nove a dez meses em barricas usadas.


Barolo


A produção de Barolos alcança cerca de 35 mil garrafas ao ano, dividida em quatro vinhos. O Cru Ginestra, onde a Conterno Fantino basceu em 1982, ocupa posição de destaque, com dois vinhos distintos.  O Barolo Vigna del Gris tem maior área e produção e, por conta de seus solos mais arenosos, tem mais notas florais e atinge seu pico antes (oito a doze anos).

O Barolo Sorí Ginestra, com área de 2,2 hectares e produção entre 10 e 12 mil garrafas, é mais austero, com maior presença de calcário no solo. Desde 2004 a Conterno Fantino elabora um Barolo também a partir do Cru Mosconi (Barolo Mosconi Vigna Ped). Com produção entre 4 e 5 mil garrafas, tem taninos menos austeros e pode ser bebido mais cedo, sete a oito anos.

Por fim, em 2013 começou a produção do Barolo Castelletto Vigna Pressenda, a partir de 1,2 hectare de um vinhedo arrendado em Serralunga d’Alba. Entre todos os seus Barolos, é considerado o mais fácil de beber, com produção entre 5 e 6 mil garrafas ao ano. Todos os Barolos, além de passagem por barricas, fazem também estágio em botti.


Outros vinhos


Além de monovarietais das três principais uvas do Piemonte, a Conterno Fantino elabora também dois cortes (um branco e um tinto), um branco de Chardonnay e um Barolo Chinato. O Langhe Rosso Monprá surgiu em 1985, um dos primeiros blends do Piemonte, uma espécie de resposta aos Supertoscanos. É um corte de 50% Barbera e 50% Nebbiolo, marcado pela complementariedade entre as duas uvas. Um vinho mais encorpado e estilo moderno, passa 18 meses em barricas novas e tem produção entre 10 a 13 mil garrafas.

O Bastia, criado em 1993, é um 100% Chardonnay, com uvas provenientes de um vinhedo de 2,5 hectares situado a 500 metros (um dos mais altos de Langhe). Busca mais complexidade, com produção de 10 mil garrafas. Já o Prinsìpi, corte de Chardonnay e Manzoni Bianco (cuja parcela fica em torno de 20%, dependendo da safra), tem outra proposta. Sem passagem por madeira e sem maloláctica, é um vinho mais vertical, leve e seco, com produção entre 12 e 13 mil garrafas ao ano.


Conheça os rótulos disponíveis na Tanyno: 

https://loja.tanyno.com/produto/listar/conternofantino 




Fale conosco pelo WhatsApp